terça-feira, 11 de maio de 2010

A CASA DA RUA 13

A única casa abandonada da Rua 13 era preenchida pelo medo, insondáveis mortes ocorreram neste local. Três forasteiros sem abrigo, desconhecedores da fama daquela residência resolveram pernoitar ali. Já instalados ouviram gemidos naquele lugar e  sentiram um forte arrepio. Pegaram a única lanterna que possuíam. Foram em direção aquele som. Um velho lustre tombado e um esbarrão promoveram uma corrida desenfreada. Cada um, por conta do susto, foi para um lado e a lanterna devido a azáfama despedaçou-se. As vozes os perturbavam. Era uma noite densa, em que a Lua se negou a brilhar. Eles ouviram alguém se aproximando, armados de pedaços de madeiras que encontraram na casa começaram a duelar.


Principiou o amanhecer. Dois no chão e um de pé, porém, o único inimigo que existia naquele lugar havia vencido. O medo, o espia da morte, os consumia. Os primeiros raios de sol rasgaram o céu, o forasteiro sobrevivente pôde observar que não havia opositor algum e aos prantos ajoelhado desabafou: “Nós nos matamos, nós nos matamos”. Essa era a realidade, aquela casa havia feito mais três vítimas, duas de corpo e uma de alma. A casa da Rua 13 continuava com seu ritual singular.

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