quinta-feira, 6 de maio de 2010

OS NOVE RUGIDOS

A história nos conta que a humanidade é movida pelo poder e pela ganância, o muito não basta aos homes que possuem o poder, eles querem tudo.


Guerras, mortes e sacrifícios não são o bastante para acalentar os corações desses que fazem de tudo para conseguir o que querem. A destruição e a ruína são consequencias do egocentrismo e do caráter deturpado.


A história do antigo reino é mais ou menos assim. Poder, guerra, miséria, traição, decadência e todos os adjetivos negativos relacionados a este tipo de comportamento.


Enfim, acompanhem a história dos nove rugidos.



Introdução


O antigo reino sempre enfrentou disputas internas pelo poder, guerras e mais guerras. Verdadeiros rios de sangue corriam nas veias daquela antiga região.


Mais de 300 anos se passaram desde que o último rei caiu e a linhagem da família real foi dizimada pelos conspiradores. Neste momento levantaram-se as nove famílias nobres que passaram a reivindicar o trono. Eram nove famílias, nove leões em busca da mesma presa.


Essas famílias formaram seus exércitos particulares, antigos militares dos reis, mercenários ou mesmo aqueles que acreditavam nas palavras dos nobres. Magos e bruxas também foram convocados como toda raça encontrada naquele reino.


O impasse durou quase dois séculos, até que os representantes das famílias se reuniram aos pés do monte Azul e firmarem um acordo de paz, chamado de “O Pacto da Discórdia”. O antigo reino foi divido em nove principados de tamanhos equivalentes, as 9 famílias ocuparam cada principado, para não haver conflito interno cada uma das famílias ocupou a região que mais exercia influência.



O Pacto da Discórdia e os nove leões


Naquela assembléia, o dia frio e chuvoso dava o tom de como seria aquela reunião. Depois de séculos de guerra as partes estavam dispostas a fazer um acordo, talvez, ou muito provavelmente por conta da possível extinção  dos herdeiros nobres, já que esses desde de pequenos já entravam em batalhas ou eram alvos dos inimigos.


Foi tumultuada, insultos e ameaças. Mas no final, apesar da discórdia houve um consenso, a guerra deveria parar, pelo menos por um tempo.


Então ficou decidido a divisão do reino em nove principados. Cada principado, obviamente, seria governado por uma família. E cada família escolheria um príncipe ou princesa para ser o representante no Conselho Eneágono, criado para conciliar qualquer desavença entre as famílias nesse período de paz.


Geralmente, o título de príncipe ou princesa era ostentado pelo patriarca ou matriarca da família. A maioria dos príncipes eram ainda jovens, entre seus 25 a 50 anos. Isso porque naquela época poucos eram os homens e mulheres que se tornavam idosos, a guerra e outros males os impediam de desfrutar tal privilégio.


Foi acertado também que o nome do antigo reino nunca mais seria pronunciado até que a paz verdadeira reinasse e que um rei surgisse.


Nove feiticeiros, os maiores de cada família, reuniram seu poder em torno de nove pequenos leões, antigo símbolo do reino, esculpidos em mármore. Entoando antigos cânticos mágicos eles profetizaram que quando os leões rugirem o rei surgirá e a paz governará.


Cada leão foi entrega para cada família que se incumbiu de guardar os artefatos até o dia do grande rugido.


Anos se passaram, até que surgiu em meio aos príncipes um homem que se esquecera do quão é afiado o fio da espada. Este nobre, trabalhando pelos bastidores do Conselho arquitetou um engenhoso plano para possuir todos os leões crendo que assim se tornaria o Rei.


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Você pode encontrar outros contos que escrevi e a continuação deste(em breve) no O NERD ESCRITOR.


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