sexta-feira, 12 de março de 2010

LULA LÁ


Essa semana Lula justificou as prisões dos opositores do regime cubano. Disse que a constituição do país deve ser respeitada tanto quanto a justiça daquele país. Além de condenar a greve de fome dos presos cubanos e ignorar a carta de ajuda dos mesmos.


Ora presidente, o regime ditatorial brasileiro teve ares de “revolução” e suas “leis”, nem por isso o senhor lavou suas mãos, pelo contrário, um dos nomes fortes contra a Ditadura brasileira foi o seu, mas me parece que se esqueceu dessa parte da sua história.


Comparar presos políticos a bandidos é rasgar a própria história, rasgar a história de um país que lutou contra um regime autoritário e cruel.


Não adianta me falar que em Cuba tem um sistema de saúde bom ou que o nível de analfabetismo é quase nulo. Aqui no Brasil, na época do Regime Militar o Brasil cresceu economicamente como poucas vezes em sua história e nem por isso eles deixaram de estar errados.


Lutar pelo que acredita, mesmo sendo com uma greve de fome não é demérito para ninguém, pelo contrário, mesmo porque o senhor, Lula, também fez e se envergonha disto agora, isso só mostra a sua falta de caráter e o quanto você se contradisse desde que assumiu a presidência.




Para o cientista político José Augusto Guilhon de Albuquerque, da USP, o apoio de Lula ao sistema judiciário cubano é incoerente com medidas tomadas por seu governo recentemente. "Lula diz que não se pode contestar as decisões da Justiça cubana, mas seu governo não se importou em contestar a Justiça da Itália, se opondo à extradição de Cesare Battisti. E se opôs à decisão da Justiça hondurenha sobre o afastamento de Manuel Zelaya", afirmou Guilhon ao Estado. Ele diz que também não faz sentido o presidente comparar presos políticos com criminosos comuns: "Lula, como ex-preso político, sabe muito bem a diferença."


Em 2003, Cuba prendeu 75 dissidentes, entre jornalistas e membros de ONGs. Na época, as prisões causaram comoção internacional. Desde então, alguns presos políticos que estavam mal de saúde foram soltos, mas só deste grupo mais de 50 ainda estão nos insalubres centros de detenção da ilha.


Fonte: Meio Norte


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